A II Oficina de Trabalho sobre a Nova Escola

Novo momento de aprendizado coletivo

Na II Oficina da Nova Escola de Serra Grande, iniciada dia 18/05 à tarde, os integrantes dos Grupos de Trabalho: GT Pedagógico, GT Arquitetônico, GT Mobilização e GT Construção e interessados se reuniram no Auditório de Serra para discutir a maneira como cada GT deveria trabalhar, como os GTs se relacionariam e que apoios receberiam.

Seminário sobre técnicas construtivas

Na manhã do dia 19/05, foi realizado um primeiro miniseminário sobre as técnicas de construções, com o intuito de resgatar a cultura local referente às técnicas de construção de casas e mostrar experiências mais recentes aplicadas na região por pessoas vindas de outros lugares. O Seminário contou com a participação de moradores e profissionais da vila, um público bastante diversificado.
Uma pesquisa iniciada na vila por Jefferson (sociólogo e artesão especializado em bambu), com o apoio dos jovens do Núcleo de Comunciação Aprendiz, já apresentou seus primeiros resultados e permitiu a exibição de trechos de videos sobre práticas tradicionais de construção da região.
Foi apresentada uma parte do audiovisual que está sendo produzido, mostrando entrevistas com pessoas da vila, onde explicam como eram feitas as casas antigamente. Através desses depoimentos, os participantes receberam informações sobre a tradição da construção em pau-a-pic, como se faziam “as grades”, como se escolhia e preparava o barro, o dia do “adjunte” (mutirão), para levantar as paredes de barro, momento em que o trabalho se tornava uma grande brincadeira...
Na área das experiências inovadoras,

• Claúdio Maia, Engenheiro Civil, proprietário da CMAR e construtor “que gosta muito de soluções ecológicas na construção civil, apresentou várias soluções para o tratamento do esgoto doméstico (fossa);
• Wolf, arquiteto e urbanista, consultor do projeto da Nova Escola de Serra Grande e
• Jefferson mostraram a aplicação do bambú na construção civil e os tipos de bambus:
  - formas de plantio;
  - em quanto tempo e como a planta cresce;
  - a espécie mais adequada à região e ao uso.
• Prof. Perimar alertou sobre o cuidado que se precisa ter, ao introduzir espécies exóticas numa região, principalmente, quando se trata de uma região com Mata Atlântica, que é um bioma protegido em recuperação.
• Andrew, proprietário de um sítio na região levou blocos de barro e cimento, feitos por uma máquina específica que ele possui no seu sítio, explicando as vantagens do uso desses blocos na construção.

Ele mesmo fez todas as habitações do seu sítio com esse material e disse que estava disposto a receber visitantes para que a comunidade possa conhecer melhor essa técnica, que segundo ele não é nova e sim já tem reconhecimento internacional, sustentado por estudos e pesquisas que comprovam as vantagens: solução ecológica por usar pouco cimento, de baixo custo, economia de material e trabalho na construção.

Espaços, tempos e saberes

No mesmo dia 19/5, os professores da Escola Municipal Eliés Haun realizaram a atividade prevista no calendário escolar de 2012, a reunião de trabalho (Sábado Pedagógico) com a participação de Cybele e Neurilene, formadoras do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa e consultoras do projeto da Nova Escola. A reunião foi iniciada com a apreciação dos resultados de uma avaliação institucional realizada pelas gestoras da Escola Eliés Haun com a participação do todos os professores. Em seguida, o assunto tratado foi o “Projeto Institucional: espaços, tempos e saberes. Investigar, sistematizar e compartilhar conhecimentos em cirandas de aprendizagem”.
O desenvolvimento deste projeto resultou na formulação coletiva do Projeto “Todo Dia é Dia da Escola Nova”, que será organizado gradativamente nas oficinas mensais - denominadas Ateliê Pedagógico - com os professores e terá desdobramentos em todas as turmas, envolvendo todos os alunos e uma parte dos pais das escolas.
O Projeto “Todo Dia é Dia da Escola Nova” permitirá a elaboração coletiva das Diretrizes das Novas Escolas Públicas de Serra Grande.